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Independência

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Não chego ao ponto de negar a importância dos partidos políticos. Longe de tanto. Mas não vejo neles a imprescindibilidade propalada e, ainda mais grave, legalmente estabelecida.

Há efetivo monopólio destas agremiações a aviltar o exercício da cidadania, na sua plenitude, quando uma candidatura só possa vir a efeito se o indivíduo, para tanto, se submeter a tudo o que e o tanto quanto ocorre nos âmbitos partidários.

Dos melhores aos piores que acenem com mínima intenção de qualquer candidatura, a qualquer mandato eletivo, todos, sem exceção, se depararão com a necessidade da escolha deste sem número e incompreensíveis siglas e títulos detentores, verdadeiros donos, das nominatas de candidatos.

E os que não se adequam a nenhum dos voláteis conteúdos programáticos apresentados pelo ininteligível e limitado cardápio partidário existente, com gentes de toda a grandeza e índole em seus quadros, para poderem exercer seu direito cidadão, ou até dever cívico de se propor a contribuir com a sociedade, como ficam?

Pelo sistema eleitoral atual, ou aderem ao já pré-concebido organograma partidário e, ao fazê-lo, já principiam subvertendo as próprias concepções políticas em princípio de traição já para consigo.

Pior: assinam ficha em ente designado por uma sopa de letrinhas que dizem nada pela amplitude a só fazer oportunizar às respectivas direções o que bem entenderem ao abrigo de estatutos empoderando muitos a quem o povo, por desconhecer, ou por conhecer bem, jamais outorgaria mínima voz ou representação.

Sim! Há, invariavelmente, mandando nos partidos políticos, pessoas incapazes não só de irrisória votação, mas, para, além disso, indignas de decidirem quem são e para o que devem se candidatar os poucos em quem poderemos votar.

Esses dirigentes partidários, membros de diretórios, e por aí vai, são também os que ocuparão cargos e dirão quem, em seus pontos de vista e interesse, gerirão órgãos e entidades estatais que concebidas cândida, mas custosamente, a nos servir.

E nós, daqui, no mais das vezes nem sabemos quem são eles. Ainda, quando sabemos, não raro, ficamos horrorizados, outras oportunidades pasmados, com sua audácia em exigir e com a fabulosa capacidade de conseguir posições de destaque em governos e seus ministérios, secretarias, autarquias, empresas públicas, mesas diretoras de parlamentos, etc. Enfim, aqueles que sabemos incapazes de composição de atividades vis mesmo na iniciativa privada, mas que galgam destacadas funções nas quais se necessita da tal governabilidade.

Os talentos dessa gente são somente os de nadarem de braçada nestes âmbitos partidários, sendo só disto que tiram seus sustento e o de suas famílias.

Somente durante os minutos de redação do que o senhor e a senhora estão lendo, me vieram à memoria mais de dezena de bons homens e mulheres, sem partido, a quem adoraria ver, pelo menos, candidatos ao tanto de cargos eletivos que a República dispõe e necessita sejam bem e decentemente ocupados.

Mas, queria vê-los em tal condição sob o manto da independência, combatendo o bom combate e sem a pecha da aderência a tudo o que partidos políticos cometem reiteradamente.

As candidaturas independentes podem, sim, conviver com aquelas então verdadeiramente voluntárias e comprometidas com ideologias a inspirar projetos de governo e governança sincera. Democracia de verdade, enfim.

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